Escola Estadual de Educação Básica Venâncio Aires

O sistema educacional  do município no século XIX contava com oito aulas públicas de instrução primária, três delas na cidade, sendo uma do sexo masculino, uma do sexo feminino e uma mista. As cinco restantes distribuíam-se pelo Cadeado, Ivaí, Três Capões, Rincão dos Valos e Santa Bárbara (Distritos de Cruz Alta). Além destas mencionadas, havia mais três particulares. Uma delas funcionava no Sobrado dos Verissimo de acordo com a figura 1.

Figura 1 - Sobrado dos Verissimo

Esta Instituição contava com uma população escolar de 412 alunos: 280 do sexo masculino e 132 do feminino. Houve uma aula noturna de ensino secundário, dirigida por Guilherme Joaquim da Costa, que em sua curta existência obteve ótimo resultado.

Havia três sociedades literárias: O Clube Aurora da Serra, Academia dos Tímidos e o Clube Amor ao Estudo, esse último possuía diminuta biblioteca. Havia outras sociedades literárias, porém, tiveram vida curta.

O Clube Aurora da Serra publicava uma revista mensal e a ele cabe UM FATO HISTÓRICO: O mérito de ter feito a cidade ser uma das primeiras do Rio Grande do Sul a libertar todos os escravos, cinco anos antes da abolição da Escravatura.

O grupo escolheu a Escola Estadual de Educação Básica Venâncio Aires e de acordo com nossas pesquisas verificamos que a Escola foi criada pelo Decreto nº 3868, de 05/07/1927, como Escola Rural, sediada no Distrito de General Osório, pertencente ao município de Cruz Alta, e que é hoje, Ibirubá. No período da Republica.

Depois foi transferida para nossa cidade a 22 de março de 1939. A princípio instalou-se no prédio já existente a esquina Marechal Floriano e General Osório, passando a denominar-se "Grupo Escolar 19 de Novembro" como podemos ver na figura 2. 

Figura 2 - Primeiro prédio (nos dias atuais)

Em 1941 transferiu-se para o prédio nº 1274 da rua General Portinho (figura 3). Pelo Decreto nº 744 de 27/03/1943 a Secretaria de Educação e Cultura determinou a denominação de G.E. Venâncio Aires. Em 1949 verificou-se outra mudança para a Rua Marechal Floriano nº 1225, esquina Av. Presidente Vargas como podemos verificar na figura 4. 

 Figura 3 - Segundo prédio da Escola (dias atuais)

                              Figura 4 - terceiro prédio da Escola (década de 40)

   Finalmente a 08 de setembro de 1964, foi solenemente inaugurado o prédio novo, com todas as instalações adequadas, a rua José Garibaldi, 060, esquina Rua João Manoel, no Bairro São José, nas figuras 5 e 6 podemos comparar como o prédio era antigamente e como está nos dias atuais.

   Figura 5 -  prédio da Escola (década de 60)

                             Figura 6 - prédio da Escola (dias atuais)

Em 1977 passou a chamar-se Escola Estadual de 1º Grau Venâncio Aires de acordo com a Resolução n 111/74 CEE Decreto nº 26484 de 23/12/1977. Pelo Decreto de Transformação nº 32.131 de 24/12/1985 passou então para E.E. de 1º e 2º Graus Venâncio Aires. A partir do ano 2000 todas as escolas sofreram alteração em sua nomenclatura e nossa escola passou então a se chamar "Escola Estadual de Educação Básica Venâncio Aires”.

Diretoras desde 1939: Alda Lacroix, Alice Couto, Jani Pereira Marcello, Marina Lenuzza, Nilza Amado Damasceno, Irma Lopes, Maria da Rocha, Ilka da Silva Wagner, Brumehilda Ferrari, Edith Zazzero Osório, Hilda da Silva Girardi, Eunice Bucco Brum, Zilda Sampaio Roberto, Loni Sebastião, Maria Marlene da Rosa, Marquite Dill, Sandra Fronza, Sonia leda Costa Beber Teixeira, Helena Maria Bilibio Westhfalen, Marinês Nogueira Bergoli e Vânia Ligia Flach.

Atualmente a Escola possui 832 alunos matriculados, 73 professores e funcionários e a escolha do nome da instituição foi uma homenagem ao Venâncio de Oliveira Aires,  que nasceu em São Paulo, na cidade de Itapetininga. Estudou e completou o curso de Direito. Porém, viveu mais tempo no Rio Grande do Sul, onde atuou ativamente na vida política do estado. Estabeleceu-se em Santo Ângelo, onde foi vereador. Advogado brilhante, exerceu sua profissão nas cidades de Santo Ângelo e Cruz Alta. Foi ardoroso republicano, tendo sido diretor da "A Federação" jornal do Partido Republicano. Faleceu aos 44 anos de idade, vítima do coração aos 17 de outubro de 1885.

Autores: Fabio da Silva Weischung, Lenio de Moura Vieira, Luciano dos Santos Graminho e Pedro Osmar Trindade Pacheco.